Pelas sete da manhã de sábado, 13 de abril, perto de uma centena e meia de AMUT’eiros(as) encontravam-se frente à Câmara Municipal de Gondomar, para rechearem os assentos dos dois autocarros que os levariam para mais um dia de boa-disposição e descoberta.
Após uma viagem de pouco mais de uma hora, os caminheiros famintos e ainda um pouco ensonados, ocuparam as confeitarias abertas no centro da Mealhada, para se energizarem com um rico pequeno-almoço, regressando de imediato aos autocarros que os levaram até ao Luso.
Aproveitando o “anfiteatro das bocas de água” cristalina e curativa do Luso, todos se reuniram para os cumprimentos matinais, a onda de alegria e a fotografia de grupo. Neste dia, atendendo à peculiaridade da beleza e características únicas da Mata do Bussaco, as indicações para os caminheiros foram para usufruir dos vários locais que nela fossem encontrar para relaxar, escutar as aves e outros animais que ali vivem, abraçarem as árvores e sentirem os cheiros coloridos, cada um criando o seu próprio “banho de floresta”. Já referenciada pelos monges beneditinos no século VI, foi a partir de 1628, com a chegada dos Carmelitas Descalços, que esta floresta paradisíaca se desenvolveu e cresceu com a plantação na mata de árvores dos 4 cantos do mundo, em simultâneo com a construção do convento, capelas e ermidas.
Ao longo de toda a manhã, os(as) AMUT’eiros(as) perderam-se e deixaram-se encantar pela Mata do Bussaco, usufruíram dos caminhos e dos percursos que nela se espalham, deixando os pés, as mãos, o coração, o olfato e o olhar deambularem livremente.
No coração da mata fomos presenteados com o Palácio do Bussaco. Considerado um dos mais belos hotéis do mundo, este magnífico edifício transportou-nos para um mundo de contos de fadas, repleto de sumptuosa fantasia. Desenhado pelo cenógrafo Luigi Manini, este edifício é uma recriação da arquitetura manuelina, inspirada em obras como a Torre de Belém ou o Mosteiro dos Jerónimos, reproduzindo a sua decoração rica de pormenores.
No final da manhã, todos sentiram que o percurso que fizeram foi um somar de encontros com a natureza, num misto de tonalidades de verdes e flores primaveris, com os seus múltiplos perfumes, que deixou os(as) AMUT’eiros(as) em estado de êxtase.
Mas a beleza do lugar não deixou de levar a que, pelas 13h30, a fome não batesse à porta, levando a que cada um se distribuísse pelos restaurantes locais e pelos diversos pontos existentes para partilhar um belo piquenique. A chuva, que não estava prevista para este dia, veio avivar os cheiros da natureza, mas também limitar a possibilidade de usufruir um pouco mais da visita ao centro da Vila do Luso.
Assim, os caminheiros, após o almoço, foram-se reunindo pelas esplanadas abrigadas e cafés existentes, convivendo em amena cavaqueira e alegre disposição, até às 17h, altura em que todos retomaram os autocarros para regressar a Gondomar, onde chegamos já bem perto das 18h30.
Um dia de encantamentos, deslumbramento e muita partilha de bons momentos que nos deixou com mais vontade que a próxima caminhada seja o mais rapidamente possível.